Os pesadelos de Mark Zuckerberg, o destino do ex-presidente Lula e o bate-boca na Suprema Corte estão no reZOOM de 22 de março.


O filme é…

“Terms and Conditions May Apply”, de Cullen Hoback.

Fez login com o perfil da rede social? Descobriu como sua foto ficaria na capa de uma revista de celebridades? Entrou no wi-fi do shopping? Diga adeus à sua privacidade online. Entender que a moeda de troca desses serviços são os nossos dados é a base deste documentário — “mais aplicável” do que nunca.

(Aceite nossos TERMOS DE USO para continuar lendo o reZOOM. Brincadeirinha…)


Quem pegou meus dados?

O Facebook, quem diria, está sofrendo de falta de likes. A rede social comandada por Mark Zuckerberg enfrenta uma tremenda crise de confiança, com a descoberta de que dados de milhares de usuários foram parar nas mãos de quem não devia.

Ontem, o Face anunciou uma série de medidas para proteger as informações armazenadas em sua plataforma e Zuckerberg pediu desculpas por ter falhado anteriormente nessa missão. Ainda é cedo para saber se isso será suficiente para reconquistar uma enxurrada de emojis felizes.

De quem é a culpa?

Há anos, o Facebook dá sinal verde para que aplicativos aparentemente inofensivos tenham acesso ao perfil de seus usuários. Daí, em 2014, um professor da Universidade de Cambridge chamado Aleksandr Kogan criou um ‘teste de personalidade’ na rede social. Quem clicou acabou fornecendo os próprios dados e os de seus amigos para o app de Kogan — de forma espontânea, ou seja, concordando com os termos de uso do teste (aqueles mesmos já citados no começo do reZOOM, QUE A GENTE NUNCA LÊ DIREITO).

via GIPHY

O teste de personalidade foi feito por 270 mil pessoas, mas o sistema de Kogan conseguiu visualizar os perfis de 50 milhões de usuários. O Facebook argumenta que, até esse ponto, não havia nada de ilegal sendo feito. Foi então que Kogan passou as informações que tinha colhido na rede social para uma consultoria política, a Cambridge Analytica, que as usou para influenciar a última eleição presidencial nos Estados Unidos.

Ação e reação

A consultoria consultou os dados, cruzou com outras informações e descobriu quem eram os eleitores mais suscetíveis a ouvir o que eles queriam dizer: mensagens positivas ao então candidato Donald Trump e negativas para a rival dele, Hillary Clinton.

A palavra do Face: a rede social diz que descobriu o repasse ilegal dos dados para a consultoria em 2015, removeu o app de sua plataforma e pediu à consultoria que apagasse as informações desviadas — o que não aconteceu. Foi só no fim da semana passada, quando a história completa estava prestes a vir à tona em algumas reportagens de jornais, que o Facebook bloqueou as contas da Cambridge e contou o que sabia.

E agora?

A pressão sobre o Facebook vem de todos os lados. Os governos norte-americano e britânico, além de outras autoridades da União Europeia, estão cobrando explicações e é possível que Zuckerberg tenha que comparecer ao Congresso para prestar contas de seu silêncio durante anos. Também há campanhas que pedem o boicote da rede social e muita desconfiança de usuários. A pergunta que não quer calar: quem cuida dos nossos dados?


reZOOMOS

Lula vai ou não ser preso? A resposta para essa pergunta pode sair hoje do Supremo Tribunal Federal (STF), a instância máxima da Justiça no Brasil. Os 11 ministros da Corte decidem nesta tarde se aceitam ou não o pedido do ex-presidente de ficar em liberdade até o julgamento final de um caso em que ele é acusado de receber propina. Se esse pedido, chamado de habeas corpus preventivo, for negado, Lula poderá ser preso na semana que vem. Em janeiro, ele foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pelo caso do apartamento tríplex localizado no Guarujá (SP). A defesa do ex-presidente diz que ele é inocente e que não há provas contra Lula.

Vergonha alheia. “Mistura do mal com o atraso”, “pitadas de psicopatia”, “você é uma pessoa horrível”. É difícil de acreditar, mas não é fake news: dois ministros do mesmo Supremo Tribunal Federal trocaram esses e outros insultos na sessão de quarta-feira. O bate-boca envolveu Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes e aconteceu durante uma votação sobre doações ocultas em campanhas eleitorais. Gilmar Mendes é contra a proibição de empresas doarem para políticos.

Apagou geral. O mar não virou sertão, mas o dia virou noite no Nordeste e em parte do Norte do Brasil. Ontem, 13 Estados ficaram sem energia elétrica durante uma parte do dia devido a uma falha no sistema de transmissão da usina de Belo Monte. Cerca de 70 milhões de pessoas foram afetadas pelo apagão.


educaZOOM

Você deve ter notado que a imprensa (jornais, TV, internet) deu um baita espaço para a polêmica entre Facebook e Cambridge Analytica. Muitas reportagens, entrevistas e críticas foram produzidas sobre o assunto. Selecione alguns textos para analisar e comentar como a mídia acompanhou o caso: qual foi o enfoque mais explorado? As reportagens eram neutras ou assumiam um lado (a favor ou contra o Facebook ou a Cambridge Analytica)? Quais os títulos mais explicativos? Os textos eram claros para que não vinha acompanhando o assunto ou exigiam conhecimento prévio da história? (EF09LP02)

Aproveite a leitura e a reflexão que você fez para debater o caso com os colegas de classe. (EF89LP04)

Se você não viu nada sobre o assunto além do que está no reZOOM, escolha algo do material abaixo:


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