Tá sabendo? O mundo à beira de um ataque de nervos, os jovens sem chance no mercado de trabalho e mais no reZOOM de 8 de março.
A frase é…
“Não existe território em que a polícia não entre.”
(General Walter Souza Braga Netto, interventor na segurança do Rio de Janeiro, em entrevista exclusiva à TV Globo)
É guerra?
O mundo está à beira de uma grande disputa. E qual é o motivo?
- O programa nuclear do ditador da Coreia do Norte
- O caos na segurança do Rio de Janeiro
- A “fase de terror” da guerra na Síria
- Nenhuma das respostas anteriores.
Ainda que as alternativas (a), (b) e (c) sejam situações reais, altamente preocupantes e bem possíveis de detonar uma batalha, é com algo bem mais concreto que importantes países estão duelando: o aço.
Tudo começou com o presidente norte-americano, Donald Trump. Na visão dele, a indústria e os empregos nos Estados Unidos são ameçados pelos produtos mais baratos que chegam de outros lugares do mundo. Ou seja, é mais negócio importar do que produzir determinados no país. Como sempre, ele escolheu o Twitter para manifestar seu descontentamento:
(“Nós estamos do lado perdedor de quase todos os acordos comerciais. Nossos amigos e os inimigos vêm se aproveitando dos EUA por muitos anos. Nossas indústrias do aço e do alumínio estão mortas. Desculpem, mas é hora de mudar! FAÇA A AMÉRICA GRANDE DE NOVO!”)
Nervos de aço
E qual foi a solução de Trump para virar o jogo? Cobrar uma espécie de “pedágio” sobre o aço e o alumínio comprados de outros países. Falando economês, os Estados Unidos vão impor uma tarifa global de 25% para a importação de aço e de 10% para o alumínio.
(Detalhe: os EUA são os maiores importadores mundiais de aço. No ano passado, chegaram ao país o equivalente a US$ 29 BILHÕES desse produto.)
O anúncio pegou de surpresa outros líderes mundiais. A chiadeira foi geral e muitos foram direto para o guichê de reclamação – neste caso, a Organização Mundial do Comércio (OMC), que funciona como um xerife das importações e exportações no globo. A missão da OMC é garantir que o comércio entre os países aconteça de maneira justa.
Aos poucos, as armas vão sendo apresentadas. Ontem, a União Europeia anunciou formalmente que vai retaliar os EUA. E já tem uma lista pronta de produtos norte-americanos que também terão que pagar um pedágio para entrar nos países que compõem o bloco, incluindo itens como suco de laranja, roupa de cama e até cranberries (que é bem mais chique de falar do que ‘mirtilo vermelho’).
Isso me afeta?
A decisão de Trump pode afetar – e muito – o Brasil. Quase 1/3 do aço produzido aqui tem como destino os EUA. Se houver mesmo o “pedágio” e os norte-americanos reduzirem muito a compra do produto, as empresas brasileiras serão prejudicadas justamente no momento em que o país começa a dar sinais de que está saindo da crise econômica. Crise prolongada = mais desemprego.
indicaZOOM:
- Principal assessor econômico de Trump renuncia por discordar de guerra comercial
- OPINIÃO: O maior desatino de Trump
- A conta de Trump no Twitter (você pode ser surpreendido com assuntos bombásticos como o do aço mas também dar boas risadas)
reZOOMOS
The future is female? Não chega a ser novidade que as mulheres ganham menos que os homens em todas as áreas de trabalho, mas é sempre bom lembrar. Uma pesquisa divulgada ontem mostrou que, embora as mulheres sejam mais escolarizadas do que os homens, elas recebem cerca de ¾ do salário deles. Além disso, de cada 100 pessoas em cargos de chefia no país, 62 são homens. Para refletir neste Dia Internacional da Mulher.
indicaZOOM:
- CURIOSIDADES: Quem inventou o Dia Internacional da Mulher?
- A pesquisa completa (que tal trabalhar este tema em sala de aula?)
- Doodle do Google (com o perdão da rima)
Na cadeia. O juiz Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava-Jato, condenou a 11 anos de prisão em regime fechado o ex-presidente da Petrobras e ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine. Ele é acusado de ter recebido R$ 3 milhões da Odebrecht para facilitar os negócios da empresa com a Petrobras. Bendine está detido em Curitiba desde julho do ano passado.
indicaZOOM:
- A Folha de S. Paulo explica a Operação Lava-Jato
- CURIOSIDADES: O posto que deu origem à Operação Lava-Jato não lava carros
Triste alerta. Metade dos jovens entre 19 e 25 anos corre o risco de não conseguir bons empregos no Brasil. O alerto foi feito pelo Banco Mundial, que é a maior fonte global de assistência para o desenvolvimento dos países. Nesse grupo estão cerca de 11 milhões dos chamados “nem-nem”, aqueles que não trabalham e também não estudam.
indicaZOOM:
- Como a crise econômica afetou os jovens “nem-nem”
- REPORTAGEM: As apostas sobre as profissões do futuro
- DICA DE ESTUDO: A geração “nem-nem” como tema de redação
“O que você vai ser grande crescer?” — a pergunta que ouvimos centenas de vezes quando somos pequenos finalmente faz sentido. Para qual curso você vai prestar vestibular? Compartilhe com a gente e não perca o reZOOM de amanhã!